“mas, passados dias, a torrente secou, porque não chovia sobre a terra.”
Por vezes, todos nós passamos por essa dura experiência de Elias. Tudo parece indo bem quando de repente: “o riacho secou...”. O que era um caudaloso riacho foi se encolhendo e diminuindo até se tornar apenas num filete de água. E por fim, apenas num leito de areia úmida.
Podemos dizer que essa é a experiência de muitas pessoas. Num momento conhecemos a alegria de uma conta bancária recheada, um negócio em franco desenvolvimento, uma carreira próspera em ascensão. Mas aí... o riacho secou!
Num momento você conhecia a alegria de ter saúde, ser uma pessoa saudável e estar com mil projetos. Então, um tumor se desenvolve dentro de você, o que exigiu uma cirurgia para remoção do mesmo. O riacho secou.
Você acabou a faculdade, iniciou uma carreira promissora, cercada de pessoas especiais e bem-dotadas. No auge da carreira, as coisas mudam. O dinheiro fica “curto”. Seus melhores amigos “mudam”. O riacho secou.
Você tem uma família maravilhosa, aparentemente você vive a concretização de todos os sonhos. Mas de repente o seu (a) parceiro (a) de vida tem ficado indiferente e começou a falar em divórcio. Não existe mais amor, não existe mais afeição, não existe mais promessa de mudança. O riacho secou.
Quando estamos dentro dessas situações terríveis ficamos pensando: o que aconteceu? Será que Deus morreu? Será que suas promessas falharam? Será que, porventura, poderia Ele ter se esquecido de mim?
Elias esteve vivendo essa situação terrível de perda do mínimo necessário para a vida. e ele teve que aprender algumas lições preciosas lá no meio daquele riacho seco no qual estava vivendo.
1. Os nossos riachos secam por causa de nossas orações que fizemos um dia.
Por que o riacho havia secado para Elias? Porque um dia ele havia orado pedindo que assim acontecesse. Em Tiago 5:17 a Palavra de Deus diz: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu”. E por isso não choveu e os mananciais e os riachos secaram. Muitas vezes, esse é o nosso problema nós queremos que Deus haja em nossas vidas mas não queremos que doa. Queremos ser piedosos, mas que nesse processo de transformação Ele não nos machuque demais. Queremos maturidade instantânea e que não exija muito sacrifício. Queremos que Deus haja mas que não mexa tanto no nosso conforto. Não! O campo de treinamento espiritual de Deus não funciona desse jeito. Se um dia nós oramos para Deus nos abençoar, prepare-se talvez a bênção de Deus não nos leve a um rio caudaloso da fartura,mas a um riacho seco da escassez.
2. Os riachos podem secar, mas a graça de Deus jamais acaba.
Quando o nosso “riacho” seca, a tendência nossa é pensarmos “como é que Deus pode me esquecer?” na verdade, o que aconteceu foi exatamente o oposto. A palavra de Deus diz que quando o riacho secou, Deus enviou o seu profeta a Sarepta porque lá havia comida. Com a seca os corvos haviam morrido, e não havia mais o que fazer em Querite. Era hora de partir. Quando os nossos riachos secam, é porque Deus já proveu outro mais adiante de nós. Lá do meio do riacho seco, Deus nos diz; “você está escrito nas palmas de minha mão.você está diante de mim o tempo todo, eu não me esqueci de ti (Is 49:16). O riacho secou porque eu tenho um compromisso não com o seu conforto, mas com a tua vida”.
3. É no meio de um riacho seco que nós ouvimos a voz de Deus.
“...a torrente secou..., então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo...”. Um fato iniludível é que quando estamos solitários, no meio de um riacho seco, vazio, nós ouvimos a voz de Deus. não há nada que nos impeça de ouvi-la. Deus fala ao nosso coração e nós o ouvimos com atenção. Talvez em nenhum momento ela foi tão imprescindível, tão urgente, tão necessária às nossas vidas. Quando estamos num riacho borbulhante a tendência é não darmos ouvidos a Sua voz. Ele fala mas não ouvimos. Pensamos que Ele tem pouco a acrescentar a nossas vidas. Mas quando o riacho seca, ficamos como o salmista no Salmos 42:1, como a corça sedenta, nossa alma suspira Pelo Deus vivo.
Talvez seja esta a situação do nosso coração neste dia. Se o nosso riacho secou, lembremo-nos talvez seja hora de nós como Elias atentarmos para esse treinamento espiritual que Deus está nos proporcionando.
Que Deus nos abençoe!
Pr. José Kleber
Monte Sião Online
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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